A EDUCOMUNICAÇÃO COMO RECURSO
PARA A EDUCAÇÃO PARA OS MEIOS.
Com a presença cada vez mais intensa dos
meios de comunicação na vida das pessoas,
em especial das crianças e jovens, é evidente
que a educação não é mais um papel particular
da escola - educação formal, mas a mídia, em
seu aspecto mais particular - o conjunto dos
meios de comunicação - também exerce um
papel fundamental na formação de valores.
Nessa perspectiva, o manual de educomunicação, formulado pelo Ministério da Educação na
II Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio
Ambiente, em 2006, revela a dimensão dessa
educação informal no cotidiano das pessoas.
O rádio e a televisão, em especial,
influenciam muito na maneira que
pensamos, sentimos e nos comportamos.
Podemos afirmar até que esses dois
meios de comunicação funcionam
como uma espécie de escola paralela,
porque ensinam o tempo todo, para toda
população, as coisas que ‘precisamos’
querer comprar, o que ‘devemos’
considerar bonito ou feio, o sotaque que
‘devemos’ adotar, a quem ‘devemos’
admirar ou rejeitar, influenciando assim as
opiniões que ‘convém’ termos sobre este
ou aquele assunto (BRASIL, 2006, p. 4).
Nesse sentido, ignorar os meios de
comunicação é reforçar o tradicionalismo e
distanciar um instrumento que pode favorecer
a aprendizagem escolar, não apenas no sentido
pedagógico, mas também como um instrumento
de leitura crítica da mídia, proporcionando
subsídios para tornar os jovens menos passivos
diante do fascínio dos audiovisuais.
Assim, Peruzzo (2001) alerta para o
desinteresse dos meios de comunicação para
a educação dos seus espectadores e assegura
sua influência na vida dos jovens, inclusive
superior à educação escolar.
Caroline Miranda.
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